Colete à prova de balas,
Não é coisa pra qualquer um;
Ele é um grande protetor,
Nesse século vinte e um;
Estamos num fogo cruzado,
Não se vive um por todos,
Não se vive todos por um.
Há uma chuva de imagens,
Muitos dados a toda hora,
Informações em grande volume,
Muitos sons desde a aurora;
Ser humano não está preparado,
Pra a enxurrada de coisas agora.
O celular na palma da mão,
É o gigante transportador;
Traz milhões de informações,
Pra o cérebro recebedor;
Sons, imagens ao mesmo tempo,
Inunda a mente do consumidor.
O ser humano virou robô,
Máquina humana fragilizada;
Ansiedade e depressão,
São resultados da cilada;
Na dependência do celular,
O homem doente é quase nada.
Numa ilha solitária,
Não há mais amorosidade;
Sumiu o abraço fraterno,
Cada um nada em braçadas;
NOMOFOBIA é a doença,
Que atingiu a moçada.
Viver servindo, protegido,
É ter limites na caçada;
Só receber nocias boas,
Pessoa ácidas? Afastá-las;
Proteger-se a toda hora,
É seu colete à prova de balas.
Poesia de Leôncio Queiroz
@poetaleoncioqueiroz