Com as mãos abençoadas,
Faz a limpeza na terra;
E as suas armas são,
De paz, e que ninguém erra;
Vassoura, pá, carro de mão,
Vai limpando sem ter guerra.
Em toda cidade eles estão,
Esses anjos da limpeza;
Ganham homenagens de todos,
Trabalham com gentileza;
Deixam a cidade bonita,
Mostrando sua beleza.
O gari é um professor
Em matéria ambiental;
Separando todo lixo,
Na terra eleva o astral;
Ensina a população,
A proteger o natural.
O gari que cuida bem,
Da mãe-terra que alimenta;
Toda a humanidade,
Mas, os mal educados ele aguenta;
Poluindo a terra-mãe,
Numa atitude nojenta.
Quem joga lixo na rua,
Não possui educação;
É coisa do bicho homem,
Todo cheio de razão;
Querendo mandar em tudo,
Mas não passa de um bobão.
Os garis são pacientes,
Têm misericórdia de nós;
Como Deus, eles têm pena,
Os sujos são seus algozes;
Os garis vão limpando tudo,
Sem nunca levantar a voz.
Vai aqui um grande aviso,
Para todos os exagerados;
Compram o que não precisam,
Num consumismo safado;
Só fazem explorar a terra,
Os senhores perturbados.
Transformando tudo em lixo,
É pro gari que sobrou;
Vai limpando consciente,
A sujeita que o outro deixou;
Meia dúzia de infelizes,
Que a família não educou.
Às vezes tem instrução,
Um analfabeto letrado;
Um Zé Mané bem sujão,
Cavalo teleguiado;
Pelas rédeas do poder,
Ele vive emporcalhado.
Colabore com o gari,
Este grande lutador;
Limpando a sua sujeira,
Fazendo com muito amor;
Construindo a saúde,
De todo trabalhador.
São pessoas de valor,
Que bonita profissão;
Num trabalho universal,
Deixa limpo nosso chão;
Todos os dias vão a luta,
Com muita disposição.
O gari anda arrumado,
Chamando sua atenção;
Com as roupas luminosas,
Alertando o cidadão;
Para alguns, é invisível,
Cumprindo a sua missão.
Por parte da população,
Merecia mais respeito;
Ser tratado como gente,
Por tudo que ele têm feito;
Deixando o mundo mais limpo,
Pra todos respirarem direito.
Leôncio Queiroz